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AMCP pede aos candidatos a Bastonário da Ordem dos Médicos que se pronunciem sobre temas que considera essenciais

Na proximidade da realização de eleições para Bastonário da Ordem dos Médicos, que decorrem entre 10 e 19 de janeiro de 2023, a AMCP pediu aos seis candidatos que se pronunciassem relativamente a vários temas por forma a esclarecer os seus associados.

Na carta enviada, a AMCP apresentou-se e pediu a colaboração dos seis candidatos, a saber os doutores Alexandre Valentim Lourenço, Carlos Diogo Cortes, Bruno Maia, Fausto Pinto, Jaime da Cunha Branco e Rui Nunes.

A AMCP agradece aos senhores candidatos a colaboração com esta iniciativa.

Carta enviada aos seis candidatos:

A Associação dos Médicos Católicos Portugueses é uma associação fundada em 1915, que conta atualmente com mais de 750 sócios, e cerca de 1800 seguidores nas redes sociais, tendo uma relevante atividade junto dos estudantes de medicina e dos médicos recém-licenciados. Enquanto médicos, é nossa preocupação defender e zelar pelo código deontológico da Ordem dos Médicos. Enquanto médicos católicos, a nossa missão é também a de respeitar a doutrina da Igreja Católica para as ciências da vida. É por isso, para nós, importante a opinião do presidente do órgão que nos representará enquanto médicos sobre alguns dos nossos princípios.

Apesar de o Bastonário da Ordem dos Médicos estar obrigado a defender os princípios formalmente e democraticamente estabelecidos pelos órgãos da instituição, tal não impede que o médico que exerce esse cargo não possa ter e expressar a sua posição pessoal relativamente a qualquer tema nesta área.

Nesse sentido, e de forma a esclarecer os nossos associados sobre temas que consideramos essenciais, por serem assuntos em discussão pela sociedade civil a nível nacional e internacional e que marcarão o mandato do próximo Bastonário da Ordem dos Médicos, vimos por este meio solicitar que se pronuncie sobre a sua posição relativamente aos seguintes temas:

Qual a sua opinião relativamente à despenalização da eutanásia?
Concretamente em relação ao atual projeto lei, qual a sua posição sobre a designação pela Ordem dos Médicos de um médico para a Comissão de Verificação prevista pela Lei da eutanásia?
Como se situa relativamente ao respeito absoluto pela vida humana, desde a conceção até à morte natural?
O que pensa da possibilidade de impor limitações à objeção de consciência?