Direção da AMCP apresenta-se ao Presidente da CEP

Por motivos de agenda ainda não tinha sido possível à Direção Nacional da Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP), eleita em novembro de 2020, apresentar-se ao Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas.

A apresentação teve finalmente lugar a 3 de maio. “Há muito que pretendíamos este encontro para manifestar a nossa disponibilidade para colaborar com a Igreja Portuguesa, de que fazemos parte, naquilo a que formos chamados. Foi para nós uma grande alegria e humildade poder apresentar esta maravilha centenária que é a AMCP”, sublinha o médico José Diogo Ferreira Martins, que preside à Direção Nacional.

Por sua vez, em palavras ao grupo, o presidente da CEP, sublinhou que “Este grupo é um pólo muito importante. De vez em quando isto é notado e é muito importante dentro de uma Conferência Episcopal”.

O encontro decorreu na noite de 3 de Maio online, no começo da habitual reunião mensal de trabalho da Direção Nacional. Teve início com uma oração de bênção por D. José Ornelas, seguindo-se a apresentação de todo o grupo de trabalho, e, pelo presidente da AMCP, de uma síntese histórica da centenária AMCP (1915) e das principais áreas de trabalho e serviço, nomeadamente na formação – com jornadas e congressos; oração – com retiros e peregrinações; informação – sobretudo pela revista Acção Médica; intervenção cívica, e voluntariado – de modo especial o voluntariado no Posto de Socorros do Santuário de Fátima, realizado há várias décadas.

José Diogo Ferreira Martins referiu a “grande alegria e responsabilidade” pelo trabalho desenvolvido pela AMCP, a “experiência” de um século de serviço à Igreja e à sociedade e os propósitos de “passar o catolicismo para dentro do hospital” e de “falar mais alto, para fora da Igreja”.

De entre os vários membros da atual Direção Nacional, que integra elementos dos núcleos diocesanos de Lisboa, Coimbra, Santarém e Angra do Heroísmo, damos destaque às palavras de dois dos mais antigos membros da AMCP na Direcção Nacional: o do médico João Paulo Malta e o da presidente do núcleo diocesano de Lisboa, Margarida Neto.

“A Associação dos Médicos Católicos tem sido a melhor companhia que eu podia ter na minha vida profissional desde há pelo menos trinta anos. É das instituições da Igreja, por qualquer razão, aquela por quem eu tenho mais proximidade e mais carinho”, disse João Paulo Malta.

“Gosto muito da Associação, é uma companhia muito boa, da presença de Cristo na profissão”, partilhou Margarida Neto ao sublinhar a intenção de a associação crescer ainda mais nas áreas da “pastoral na saúde – estar no hospital, estar no centro de saúde, estar na paróquia – e não apenas ser a guarda avançada da Igreja, como por vezes somos descritos, nas questões fraturantes”.

A apresentação foi oportunidade de a AMCP sublinhar a sua identidade enquanto associação profissional católica, a sua missão para os próximos anos, a nível interno e externo, e de apresentar a sua disponibilidade para colaborar, a tútulo de exemplo, em ações de formação para o Clero sobre temas específicos da área da saúde e da medicina, ou outras iniciativas em que a sua presença seja entendida importante.

Entre outras questões levantadas, e com base na experiência dos médicos em meio hospitalar, outro membro da Direção Nacional, Maria João Lage, referiu a importância do papel do capelão hospitalar, pessoa e “serviço que leva à conversão, ao milagre da conversão que por vezes acontece no sofrimento”.

As palavras do presidente da CEP foram a abertura, proximidade e trouxeram grande alento ao grupo de trabalho. D. José Ornelas, também bispo de Setúbal, sublinhou na AMCP “a visão pedagógica, científica e de valor cristão” e também a “base de diálogo civilizacional”, isto porque “antes de ser uma questão de fidelidade (à Igreja) é uma fidelidade à humanidade”. Na despedida, o prelado deixou nova bênção: “Que Deus vos abençoe!”.

Recorde-se que, a nova Direção Nacional da Associação dos Médicos Católicos Portugueses foi eleita por unanimidade, em novembro de 2020 , propondo-se “continuar uma reflexão cristã sobre todos os temas relacionados com a profissão médica, defendendo e anunciando com alegria a dignidade da pessoa humana desde o início (a conceção) até ao fim (a morte natural)”.

O projeto da AMCP para este triénio, assenta em três dimensões. A primeira pretende manter a associação a “falar para fora”, já que “são muitos múltiplos os desafios que atentam contra a dignidade humana”. A AMCP pretende também continuar a “falar para dentro, promovendo uma reta formação das consciências, de acordo com o magistério da Igreja”. Um terceiro propósito da Direção Nacional prende-se com o crescimento da própria associação, no momento atual mais de 700 associados de todo o país, médicos e estudantes de medicina.

Lisboa, 07 de maio de 2021